A gente aprende o tempo todo se estiver atento aos sinais, não acham?
Eu estava lendo um post no LinkedIn, achei sensacional, a forma como Mariana Araújo de Carvalho, fez uma análise sobre a Síndrome de Burnout e a Sustentabilidade/ESG, a partir do seu próprio momento de vida,
Contextualizando a Síndrome de Burnout (é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo).
Mariana fez uma analogia muito pertinente e considerou que Burnout “é a desertificação do homem.” Terrível, mas devo concordar com essa conclusão.
Lidar com o processo de desertificação do solo realmente sensibiliza qualquer um que tenha em mente o risco que está atrelado a esse fenômeno, que se dá em função de variáveis que estão muito ligadas ao uso e abuso, do solo, pelos humanos.
Da mesma forma a síndrome burnout acontece em função dos extremos a que os indivíduos estão expostos, para garantir o sucesso profissional.
A relação que se estabeleceu de felicidade, é reflexo dos pontos chaves do sistema capitalista, que tem por princípio o resultado financeiro e os meios justificam os fins. Será?
A Mariana parou para pensar nisso!
O que de fato importa? Qual é a vantagem em seguirmos rumo a auto desertificação e a desertificação do solo?
Estamos neste processo e neste caminho insano. Mas existem outros caminhos, talvez, o caminho DO MEIO!
Estamos persistindo em mantermos o tal modelo de economia e de produção linear, associado ao consumo descompromissado. O interessante é que a reflexão que ela fez não diz respeito somente ao consumo de cada um de nós, mas também o papel dos profissionais que estão envolvidos em suas empresas e que buscam junto com elas, o tal crescimento vertiginoso e ai…. consequência ! Síndrome de Burnout!!!
Compartilhar as reflexões de Mariana é um ato de respeito e de desejo que mais pessoas possam acordar para os fatos. Tudo bem que ela teve um motivo muito especial, amor, pois é! Sempre o amor nos conduz a lugares interessantes e nos dá a chance de escolher caminhos melhores, porque ele é a chave da transformação.
O burnout é a extração para além do limite possível de cada um, envolve tão e somente a necessidade do ser humano de preencher os tais requisitos estipulados pelos mesmos humanos sobre o que é um humano de sucesso, é aquele que tem posses, que viaja, que tem o melhor carro, que mora em alguma zona mais abastada, que se veste com roupas de marcas famosas, etc… Eu não vejo com frequência, seres humanos serem considerados e reconhecidos como sucesso por terem os melhores relacionamentos, pela escolha por uma vida mais saudável e simples, etc.., não viram notícia!
A nossa relação com a terra está diretamente ligada ao nosso padrão de consumo, porque é o consumo que incentiva a produção e que esgota a terra e o próprio ser humano.
Esgota também a nossa relação com a nossa essência. Não somos essencialmente materialistas, somos seres que necessitam de relações, de afetos, de paz, de amor.
Finalizo com a descoberta de Mariana sobre o que de fato importa quando entendemos a nossa relação com a terra “aprender sobre a soberania alimentar, sobre autonomia energética, sobre viver de modo regenerativo. DESPERTAR PARA O QUE NUNCA DEVERIA TER ADORMECIDO.”
O despertar de cada um de nós se dá, cada um a seu modo e a seu tempo.
Que as considerações e reflexões de Mariana possam inspirar outras pessoas a refletirem sobre caminhos e responsabilidades, porque o discurso não vai nos salvar de nós mesmos, é preciso DESPERTAR!
É preciso buscar a própria regeneração sem permitir a auto desertificação, com o mesmo empenho que devemos ter para não permitir a desertificação da TERRA, nossa CASA COMUM!
O relógio está despertando! Precisamos ACORDAR!