Qual sua ESCOLHA?

Skopelos- Grécia

Eu estava neste PARAÍSO, vista de tirar o fôlego! Entre o azul estonteante e vibrante do céu, o verde brilhante da vegetação e a água translúcida… ambiente totalmente harmonioso em que o silêncio era ensurdecedor e somente interrompido pelo sussurro das ondas delicadas e das aves que habitam a região. Enquanto isso, ao mesmo tempo, várias outras situações boas e outras não tão boas, aconteciam pelo mundo. No Brasil, especificamente entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais o momento era também de tirar o fôlego, mas de forma um tanto assustadora e desconfortável.

Uma nuvem de poeira invadia abruptamente e sem pedido de licença, as casas, os carros, as lojas…. a vida das pessoas, aterrorizando os que presenciavam. “Segundo os especialistas, a formação da poeira é consequência de um fenômeno chamado de frente de rajada e consiste na combinação da poeira acumulada ao longo de semanas de estiagem com os fortes ventos que ocorreram antes das chuvas.” G1.Globo Na BBC News Brasil, a reportagem diz que foram 3 fatores que contribuíram para a ocorrência da tempestade de poeira: 1- Seca muito intensa; 2- Tempestade com ventos de até 95 km/h 3- Muita terra sem cobertura vegetal Segundo Humberto Barbosa da Universidade Federal de Alagoas, existem vários fatores envolvidos para ocorrência do fenômeno na intensidade que foi. Segundo ele, existe uma relação entre o modelo agrícola que é praticado na região e a ocorrência do fenômeno. De acordo com as informações do Governo do Estado de SP, em todo o estado somente restam 17,5% da cobertura florestal original. O que será que este dado nos revela? No mínimo nos faz pensar, eu acho. São várias informações e constatações que nos levam a crer na relação direta entre a região onde as nuvens de fumaça se formaram a intensidade do fenômeno e a prática do agronegócio e o nível intenso de desmatamento praticado desde sempre. As opiniões divergem um pouco entre os especialistas mas convergem em um único ponto, os desafios das alterações climáticas precisam ser considerados e novas práticas podem e devem ser adotadas pelos agricultores da região e principalmente que eles possam fazer escolhas mais compatíveis no uso e na proteção do bem mais precioso a ÁGUA, cuja oferta é bem irregular e por vezes, escassa. Devemos considerar o fenômeno como um sinal de alerta! Nossas escolhas estão condicionadas pelas informações a que nós temos acesso. Portanto, buscar conhecimento, agir com respeito e bom senso, ter cuidado com o CONSUMO e a consciência na responsabilidade de cada um de nós pelos resíduos que geramos, utilizar com inteligência a água e a energia que consumimos e dar nossa contribuição no que diz respeito à manutenção dos Rios, Lagos, Nascentes de Água e Mares, são algumas ações que podem contribuir para o milagre que precisamos. Cuidemos da Nossa Casa Comum, ela está em perigo de colapso, podemos ficar desabrigados! Fica a pergunta e a reflexão. Ambiente harmônico ou ambiente hostil? A escolha é NOSSA.

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