Estou aqui pensando, porque será que as pessoas ainda se mobilizam e contribuem para a continuidade desta afronta ao bom senso coletivo?
Eu vi um meme muito engraçado aludindo ao Black Friday que são os funcionários dentro da loja se organizando para abertura. Eles fazem barulho, eles batem na porta da loja, colocam fita para tentar organizar a entrada dos clientes e quando eles abrem, surpresa!!! Só tem um cliente na porta. Achei fantástico e me representou muito.
Fazendo uma conexão com a COP26 em 10/21 cujo resultado, eu considero que, segue a mesma dinâmica do Black Friday. O discurso é bonitinho, mas as ações não são nem de longe o que precisamos para esse momento crucial da HUMANIDADE.
Esta conexão entre os dois eventos, no meu ponto de vista, ocorre no CONSUMO trazido pela cultura capitalista como sendo a única forma de FELICIDADE. Quanto mais eu tenho mais feliz eu sou. Só que não! As ações da COP 26 passam por aí, embora todos os chefes de estado saibam dos riscos, não querem abrir mão das benesses de produção e consumo sem medida, etc…
Estamos presenciando uma situação absurda de pobreza no mundo e quem não quiser olhar as estatísticas, olhe pela janela de qualquer lugar onde você esteja, verá sempre alguém em condição de vulnerabilidade, a tal ponto que hoje são mais de 50% da população mundial nessas condições.
É impossível achar que o futuro será promissor, a conta não fecha, tão pouco a permanência da cultura do Black Friday e as tímidas ações da COP 26.
O Black Friday, bem como, as ações resultantes da COP 26, são parte do tema sustentabilidade e engloba pensar e agir a partir dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Nosso momento é de entendermos que sim, existem coisas certas, incertas, justas e injustas, depende das nossas escolhas. Não há como aceitar que a cultura do consumo pelo consumo permaneça a nortear os parâmetros da nossa sociedade. Somos todos responsáveis pelos resultados da COP 26 na medida em que nos mantemos inertes, em cima do muro, usufruindo das benesses imediatistas do consumo pelo consumo.
Que o mês de dezembro que se inicia hoje, nos traga a possibilidade de reflexão sobre nosso papel neste exato momento aqui na terra. Podemos ser os protagonistas de uma transformação de hoje para a garantia do amanhã, só depende de nós e dos nossos posicionamentos. Não temos mais tempo para contemporizar e sim agir, somos sem dúvida a única chance de transformação na direção de uma jornada mais humana e responsável.
A vibração que tivermos pode mudar o todo, por isso a afirmação de que cada um deve e pode ser a mudança que deseja para o mundo, me leva a desejar que a vibração de cada um de nós
seja para o Black Friday que garanta alimento, casa, educação e saúde para todos.
Se ficar um para trás não cruzaremos a linha de chegada. Essa é a REGRA!